sexta-feira, 21 de março de 2008

TURMA 81 = Flavio Cantao, Paulo Dacheri, Pedro H, Ricardo Barão



Demografia

Trabalho de campo.Embora a Antártica não tenha residentes permanentes, alguns governos mantêm estações de pesquisa permanentes por todo o continente. A população de cientistas no continente e nas ilhas subantárticas varia de aproximadamente quatro mil no verão a mil no inverno. Muitas das estações de pesquisa mantêm pessoal durante todo o ano.Os primeiros habitantes semipermanentes das áreas subantárticas eram marinheiros da Inglaterra e Estados Unidos que costumavam passar um ano ou mais na Geórgia do Sul, de 1786 em diante. Durante a era da caça à baleia, que durou até 1966, a população da ilha variava de mil no verão (ou dois mil em alguns anos) a duzentas no inverno. A maioria dos baleeiros era norueguesa, com crescente proporção de britânicos. Os povoados incluíam Grytviken, Leith Harbour, Ponto Rei Eduardo, Stromness, Husvik, Prince Olav Harbour, Ocean Harbour e Godthul.

Dois pesquisadores dos Estados Unidos estudando o plâncton em microscópios.Os administradores e outros oficiais encarregados das estações baleeiras muitas vezes viviam junto com suas famílias. Entre eles estava o fundador de Grytviken, o Capitão Carl Anton Larsen, um importante baleeiro norueguês e explorador que adotou a cidadania britânica em 1910 junto com a família.A primeira criança nascida na região polar do sul foi uma menina norueguesa Solveig Gunbjörg Jacobsen, na cidade de Grytviken em 8 de Outubro de 1913, e seu nascimento foi registrado pelo magistrado britânico residente na Ilha Geórgia do Sul. Era filha de Fridthjof Jacobsen, administrador assistente da estação baleeira, e de Klara Olette Jacobsen. Jacobsen chegou à ilha em 1904 para tornar-se o administrador de Grytviken, servindo de 1914 a 1921; duas de suas crianças nasceram na ilha[8].Emilio Marcos de Palma foi o primeiro a nascer no continente, na Base Esperanza em 1978. Seus pais haviam sido enviados para lá junto com sete outras famílias pelo governo argentino para determinar se a vida em família era possível no continente. Em 1984, Juan Pablo Camacho nasceu na base de Presidente Eduardo Frei Montalva, sendo o primeiro chileno nascido na Antártica. Diversas bases são agora lar de famílias com crianças que vão a escolas em estações
Neve
Conjunto de cristais isolados de gelo, de forma variada. Quando recém depositada, a neve tem 97% de ar/volume e densidade de 0,1g/cm3.



Gelo
Massa de cristais granulosos, compactados e engrenados resultante de transformações ocorridas na neve. A fase intermediária entre esses elementos chama-se firn ou nevée.



Geleira
Massa continental de gelo de limites definidos, que se movimenta lentamente por ação da gravidade. Ver fotos abaixo.



Manto de gelo
Geleira dômica, de grande extensão e espessura, não circunscrita pela topografia, com mais de 50.000 km2 de área. Manto de gelo da Antártica..



Casquete de gelo
Semelhante ao manto, porém com menos de 50.000 km2 . Casquete de gelo da ilha Rei Jorge, Antártica Ocidental ( área mais alta, dômica,da foto).




Campo de gelo
Geleira confinada entre montanhas, com área de 10 – 10.000 km2 . Campo de gelo de Columbia, Montanhas Rochosas (área mais alta da foto, acima da cascata de gelo).



Geleira de vale (alpina ou de montanha)
Geleira que ocupa vale montanhoso, alimentada por massa de gelo acumulada em circo glacial (ver). Geleira de Marmolada, Tirol (Itália).


Geleira de circo
Massa de gelo que ocupa depressão ou bacia cercada de paredes rochosas. Parte mais alta da foto anterior).


Geleira de escape
Geleira semelhante à de vale drenando manto, casquete ou campo de gelo. Geleira da ilha Rei Jorge, Antártica Ocidental.

Geleira de maré
Geleira que atinge o litoral, podendo adentrar o mar. Parte mais baixa da foto, entre as rochas escuras.
Plataforma de gelo
Placa contínua de gelo flutuante sobre o mar, a partir de manto de gelo. Plataformas de gelo de Ross, e de Ronne e Filchner, Antártica (áreas atrás dos dois recorte da costa, acima e abaixo, na foto)



Língua de gelo
Semelhante a anterior, porém menor, ligada a geleira de escape ou de maré.

Iceberg
Massa de gelo continental flutuante, desprendida da margem de geleira em lago ou de geleira de maré ou plataforma de gelo, no mar. Mar de Ross, Antártica.



Acumulação
Processo que adiciona neve ou gelo a uma geleira.



Ablação
Processo que leva à perda de neve ou gelo da geleira (fusão, evaporação, erosão e separação de icebergs).



Balanço de massa
Razão entre a massa de gelo ganha por acumulação e a perdida por ablação.



Água de degelo
Água produzida por derretimento do gelo e neve de geleira por radiação solar, calor por fricção basal ou grau geotérmico. Geleira de Saskatchewan, Montanhas Rochosas, Canadá.



Zona de acumulação
Região na parte alta da geleira em que a deposição de neve supera a ablação.



Zona de ablação
Região na parte baixa da geleira onde a perda de gelo e neve supera o seu acúmulo.



Linha de equilíbrio
Limite entre as zonas de acumulação e ablação.



Fluxo de gelo
A movimentação da geleira ocorre pela ação de gravidade. A geleira movimenta-se lentamente por deformação interna do gelo, deslizamento basal sobre o seu assoalho e deformação de seu substrato.



Regime térmico
Condição de temperatura do gelo da geleira. O gelo é frio quando sua temperatura está abaixo do ponto de fusão por pressão e quente, quando a temperatura está acima ou próximo deste.



Crevasse
Fratura ou fenda na geleira causada por extensão e ruptura do gelo (fendas paralelas na margem da geleira de Atabasca ).



Cascata de gelo
Região na parte alta da geleira onde inclinação abrupta do substrato causa aumento na velocidade do fluxo de gelo e seu fendilhamento intenso. Degraus na parte mais alta da geleira de Atabasca, Montanhas Rochosas, Canadá.


Abrasão
Desgaste mecânico do assoalho rochoso pelo atrito de partículas rochosas transportadas pelo gelo. Estrias glaciais sobre arenito devoniano, Witmarsum, PR.



Remoção
Erosão glacial por arrancamento de fragmentos de rocha do assoalho da geleira por ação de congelamento e degelo e/ou ação da água (extremidade direita da rocha). Montanhas Rochosas, Canadá.


Estriação
Riscos ou sulcos retos, de tamanho variado, geralmente paralelos ou entrecruzantes, formados por abrasão sobre o assoalho da geleira. Zona plana, à esquerda da rocha.


Forma-p
Canal subglacial escavado no embasamento pela ação da água de degelo. Alasca, EUA.



Fraturas de fricção
Fraturas ou sulcos encurvados gerados por abrasão glacial sobre o embasamento, freqüentemente formando conjuntos alinhados.



Forma alongada moldada
Saliência ou bossa convexa do embasamento formada por abrasão glacial, estriada em toda a sua volta. Dorso de baleia em granito, rio Tietê, Salto, SP.



Forma montante-jusante
Saliência ou bossa assimétrica do embasamento formada por abrasão glacial, mostrando um lado pouco inclinado (voltado para a origem da geleira) estriado e lado oposto mais inclinado, escavado. Rocha moutonnée, Montanhas Rochosas, Canadá.


Vale glacial
Vale com perfil em forma de “U”, anteriormente ocupado por geleira. Montanhas Rochosas, Canadá.




Próglacial
Região plana imediatamente à frente da margem de geleira. Montanhas Rochosas, Canadá.



Planície de lavagem
Planície de depósitos glacio-fluviais (areias, cascalhos) acumulados sob ação de água de degelo. Forma um vale fluvial do tipo entrelaçado, com muitos canais e bancos de areia e cascalho.



Kettle
Depressão circular em planície de lavagem gerada por derretimento de massa de gelo soterrado.


Kame
Vários tipos de depósitos de materiais transportados (areias, cascalhos) pela água de degelo e depositados em contato com a geleira, na sua frente ou lado.



Esker
Colina linear, sinuosa de sedimentos grossos (areias e cascalhos) acumulados em canal de água de degelo subglacial, exposta quando do recuo da geleira. Minnesota, EUA.



Transporte glacial
A geleira transporta partículas e fragmentos rochosos coletados pelo degelo na sua superfície, no seu interior a em sua região basal. Faixas de detritos na parte superior, média e inferior de geleira, Alasca, EUA.


Till
Depósito maciço composto de mistura não selecionada de partículas de rochas, de tamanho variando desde argila a matacão, angulosas a arredondadas. Clastos do till podem ter facetas e estrias. Alasca, EUA.



Tilito
Correspondente consolidado (rocha) do till.



Diamicto
Sedimento semelhante ao till, cuja origem não está determinada. Alasca, EUA.





Diamictito
Rocha semelhante ao tilito, cuja origem não está determinada.



Till de alojamento
Depósito formado por agregação subglacial de detritos liberados da base da geleira.



Till de ablação
Depósito formado subglacialmente por degelo de geleiras estagnadas.



Till de deformação
Depósito gerado por deformação e homogenização de sedimentos subglaciais impregnados de água.



Forma de bala (ferro de engomar)
Forma típica de clasto com uma extremidade pontuda e outra larga, fraturada geralmente contém estrias glaciais. Formado subglacialmente, durante processo de alojamento. Clastos em forma de bala sobre till, geleira de Atabasca, Montanhas Rochosas, Canadá.



Pavimento de clasto glacial
Concentração horizontal de clastos, formando uma espécie de pavimento ou assoalho de clastos em mosaico. Pode estar associado ao processo de alojamento. Subgrupo Itararé (P-C), Capivari, SP.



Morena
Crista linear de detritos glaciais que acompanha lateralmente a geleira, ou arqueada, junto à margem frontal da geleira, acumulada durante o movimento desta. Série de morenas laterais encurvadas, geleira de Atabasca, Montanhas Rochosas, Canadá.



Drumlin
Colina de detritos glaciais de forma oval, perfil assimétrico e dimensões variadas, produzida por deformação glacial. Ocorre geralmente em enxames.



Fluvio-glacial
Processo e depósito gerado pela ação de corrente de água de degelo. Montanhas Rochosas, Canadá.




Glacio-lacustre
Processo e depósito típico de lagos adjacentes a geleiras. Montanhas Rochosas, Canadá.




Varve
Par de camadas sedimentares, a inferior clara, mais espessa, normalmente de silte, e a superior delgada, de argila escura, depositado anualmente em lago glacial. Alasca, EUA.



Varvito
Correspondente litificado da varve.


Clasto caído
Clasto liberado do gelo flutuante, afundado sobre estrato sedimentar do fundo de lago ou mar.


Periglacial
Ambiente glacial ou não glacial caracterizada pela presença de solo perenemente congelado.



Solo perenemente congelado
Solo em que a água dos poros está permanentemente congelada, típico de ambiente periglacial.



Glacio-marinho
Parte do ambiente marinho no qual os processos e depósitos sedimentares são influenciados pela presença de margem de geleira de maré, plataforma ou língua de gelo. Baía do Almirantado, ilha Rei Jorge, Antártica Ocidental.



Glacio-estuarino
Estuário influenciado pela presença de geleira que atinge o mar. Ex.: fiorde



Banquisa
Camada de gelo formada pelo congelamento sazonal da água do mar. Mar de Ross, Antártica.



Zona de aterramento
Faixa a partir da qual uma geleira de maré ou geleira que alimenta plataforma de gelo desliga-se do assoalho e torna-se flutuante.



Causas das glaciações
Dentre as várias causas atribuídas às glaciações temos: a)variação na radiação solar; b)variação na composição da atmosfera terrestre; c) alteração na posição paleogeográfica dos continentes e oceanos; d) extra-terrestres.



Glaciação
Período longo de tempo caracterizado por condições climáticas associadas à máxima extensão das geleiras.



Interglacial
Período longo de tempo caracterizado por condições climáticas associadas à extensão glacial mínima.


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