sexta-feira, 21 de março de 2008

TURMA 81 = Flavio Cantao, Paulo Dacheri, Pedro H, Ricardo Barão



Demografia

Trabalho de campo.Embora a Antártica não tenha residentes permanentes, alguns governos mantêm estações de pesquisa permanentes por todo o continente. A população de cientistas no continente e nas ilhas subantárticas varia de aproximadamente quatro mil no verão a mil no inverno. Muitas das estações de pesquisa mantêm pessoal durante todo o ano.Os primeiros habitantes semipermanentes das áreas subantárticas eram marinheiros da Inglaterra e Estados Unidos que costumavam passar um ano ou mais na Geórgia do Sul, de 1786 em diante. Durante a era da caça à baleia, que durou até 1966, a população da ilha variava de mil no verão (ou dois mil em alguns anos) a duzentas no inverno. A maioria dos baleeiros era norueguesa, com crescente proporção de britânicos. Os povoados incluíam Grytviken, Leith Harbour, Ponto Rei Eduardo, Stromness, Husvik, Prince Olav Harbour, Ocean Harbour e Godthul.

Dois pesquisadores dos Estados Unidos estudando o plâncton em microscópios.Os administradores e outros oficiais encarregados das estações baleeiras muitas vezes viviam junto com suas famílias. Entre eles estava o fundador de Grytviken, o Capitão Carl Anton Larsen, um importante baleeiro norueguês e explorador que adotou a cidadania britânica em 1910 junto com a família.A primeira criança nascida na região polar do sul foi uma menina norueguesa Solveig Gunbjörg Jacobsen, na cidade de Grytviken em 8 de Outubro de 1913, e seu nascimento foi registrado pelo magistrado britânico residente na Ilha Geórgia do Sul. Era filha de Fridthjof Jacobsen, administrador assistente da estação baleeira, e de Klara Olette Jacobsen. Jacobsen chegou à ilha em 1904 para tornar-se o administrador de Grytviken, servindo de 1914 a 1921; duas de suas crianças nasceram na ilha[8].Emilio Marcos de Palma foi o primeiro a nascer no continente, na Base Esperanza em 1978. Seus pais haviam sido enviados para lá junto com sete outras famílias pelo governo argentino para determinar se a vida em família era possível no continente. Em 1984, Juan Pablo Camacho nasceu na base de Presidente Eduardo Frei Montalva, sendo o primeiro chileno nascido na Antártica. Diversas bases são agora lar de famílias com crianças que vão a escolas em estações
Neve
Conjunto de cristais isolados de gelo, de forma variada. Quando recém depositada, a neve tem 97% de ar/volume e densidade de 0,1g/cm3.



Gelo
Massa de cristais granulosos, compactados e engrenados resultante de transformações ocorridas na neve. A fase intermediária entre esses elementos chama-se firn ou nevée.



Geleira
Massa continental de gelo de limites definidos, que se movimenta lentamente por ação da gravidade. Ver fotos abaixo.



Manto de gelo
Geleira dômica, de grande extensão e espessura, não circunscrita pela topografia, com mais de 50.000 km2 de área. Manto de gelo da Antártica..



Casquete de gelo
Semelhante ao manto, porém com menos de 50.000 km2 . Casquete de gelo da ilha Rei Jorge, Antártica Ocidental ( área mais alta, dômica,da foto).




Campo de gelo
Geleira confinada entre montanhas, com área de 10 – 10.000 km2 . Campo de gelo de Columbia, Montanhas Rochosas (área mais alta da foto, acima da cascata de gelo).



Geleira de vale (alpina ou de montanha)
Geleira que ocupa vale montanhoso, alimentada por massa de gelo acumulada em circo glacial (ver). Geleira de Marmolada, Tirol (Itália).


Geleira de circo
Massa de gelo que ocupa depressão ou bacia cercada de paredes rochosas. Parte mais alta da foto anterior).


Geleira de escape
Geleira semelhante à de vale drenando manto, casquete ou campo de gelo. Geleira da ilha Rei Jorge, Antártica Ocidental.

Geleira de maré
Geleira que atinge o litoral, podendo adentrar o mar. Parte mais baixa da foto, entre as rochas escuras.
Plataforma de gelo
Placa contínua de gelo flutuante sobre o mar, a partir de manto de gelo. Plataformas de gelo de Ross, e de Ronne e Filchner, Antártica (áreas atrás dos dois recorte da costa, acima e abaixo, na foto)



Língua de gelo
Semelhante a anterior, porém menor, ligada a geleira de escape ou de maré.

Iceberg
Massa de gelo continental flutuante, desprendida da margem de geleira em lago ou de geleira de maré ou plataforma de gelo, no mar. Mar de Ross, Antártica.



Acumulação
Processo que adiciona neve ou gelo a uma geleira.



Ablação
Processo que leva à perda de neve ou gelo da geleira (fusão, evaporação, erosão e separação de icebergs).



Balanço de massa
Razão entre a massa de gelo ganha por acumulação e a perdida por ablação.



Água de degelo
Água produzida por derretimento do gelo e neve de geleira por radiação solar, calor por fricção basal ou grau geotérmico. Geleira de Saskatchewan, Montanhas Rochosas, Canadá.



Zona de acumulação
Região na parte alta da geleira em que a deposição de neve supera a ablação.



Zona de ablação
Região na parte baixa da geleira onde a perda de gelo e neve supera o seu acúmulo.



Linha de equilíbrio
Limite entre as zonas de acumulação e ablação.



Fluxo de gelo
A movimentação da geleira ocorre pela ação de gravidade. A geleira movimenta-se lentamente por deformação interna do gelo, deslizamento basal sobre o seu assoalho e deformação de seu substrato.



Regime térmico
Condição de temperatura do gelo da geleira. O gelo é frio quando sua temperatura está abaixo do ponto de fusão por pressão e quente, quando a temperatura está acima ou próximo deste.



Crevasse
Fratura ou fenda na geleira causada por extensão e ruptura do gelo (fendas paralelas na margem da geleira de Atabasca ).



Cascata de gelo
Região na parte alta da geleira onde inclinação abrupta do substrato causa aumento na velocidade do fluxo de gelo e seu fendilhamento intenso. Degraus na parte mais alta da geleira de Atabasca, Montanhas Rochosas, Canadá.


Abrasão
Desgaste mecânico do assoalho rochoso pelo atrito de partículas rochosas transportadas pelo gelo. Estrias glaciais sobre arenito devoniano, Witmarsum, PR.



Remoção
Erosão glacial por arrancamento de fragmentos de rocha do assoalho da geleira por ação de congelamento e degelo e/ou ação da água (extremidade direita da rocha). Montanhas Rochosas, Canadá.


Estriação
Riscos ou sulcos retos, de tamanho variado, geralmente paralelos ou entrecruzantes, formados por abrasão sobre o assoalho da geleira. Zona plana, à esquerda da rocha.


Forma-p
Canal subglacial escavado no embasamento pela ação da água de degelo. Alasca, EUA.



Fraturas de fricção
Fraturas ou sulcos encurvados gerados por abrasão glacial sobre o embasamento, freqüentemente formando conjuntos alinhados.



Forma alongada moldada
Saliência ou bossa convexa do embasamento formada por abrasão glacial, estriada em toda a sua volta. Dorso de baleia em granito, rio Tietê, Salto, SP.



Forma montante-jusante
Saliência ou bossa assimétrica do embasamento formada por abrasão glacial, mostrando um lado pouco inclinado (voltado para a origem da geleira) estriado e lado oposto mais inclinado, escavado. Rocha moutonnée, Montanhas Rochosas, Canadá.


Vale glacial
Vale com perfil em forma de “U”, anteriormente ocupado por geleira. Montanhas Rochosas, Canadá.




Próglacial
Região plana imediatamente à frente da margem de geleira. Montanhas Rochosas, Canadá.



Planície de lavagem
Planície de depósitos glacio-fluviais (areias, cascalhos) acumulados sob ação de água de degelo. Forma um vale fluvial do tipo entrelaçado, com muitos canais e bancos de areia e cascalho.



Kettle
Depressão circular em planície de lavagem gerada por derretimento de massa de gelo soterrado.


Kame
Vários tipos de depósitos de materiais transportados (areias, cascalhos) pela água de degelo e depositados em contato com a geleira, na sua frente ou lado.



Esker
Colina linear, sinuosa de sedimentos grossos (areias e cascalhos) acumulados em canal de água de degelo subglacial, exposta quando do recuo da geleira. Minnesota, EUA.



Transporte glacial
A geleira transporta partículas e fragmentos rochosos coletados pelo degelo na sua superfície, no seu interior a em sua região basal. Faixas de detritos na parte superior, média e inferior de geleira, Alasca, EUA.


Till
Depósito maciço composto de mistura não selecionada de partículas de rochas, de tamanho variando desde argila a matacão, angulosas a arredondadas. Clastos do till podem ter facetas e estrias. Alasca, EUA.



Tilito
Correspondente consolidado (rocha) do till.



Diamicto
Sedimento semelhante ao till, cuja origem não está determinada. Alasca, EUA.





Diamictito
Rocha semelhante ao tilito, cuja origem não está determinada.



Till de alojamento
Depósito formado por agregação subglacial de detritos liberados da base da geleira.



Till de ablação
Depósito formado subglacialmente por degelo de geleiras estagnadas.



Till de deformação
Depósito gerado por deformação e homogenização de sedimentos subglaciais impregnados de água.



Forma de bala (ferro de engomar)
Forma típica de clasto com uma extremidade pontuda e outra larga, fraturada geralmente contém estrias glaciais. Formado subglacialmente, durante processo de alojamento. Clastos em forma de bala sobre till, geleira de Atabasca, Montanhas Rochosas, Canadá.



Pavimento de clasto glacial
Concentração horizontal de clastos, formando uma espécie de pavimento ou assoalho de clastos em mosaico. Pode estar associado ao processo de alojamento. Subgrupo Itararé (P-C), Capivari, SP.



Morena
Crista linear de detritos glaciais que acompanha lateralmente a geleira, ou arqueada, junto à margem frontal da geleira, acumulada durante o movimento desta. Série de morenas laterais encurvadas, geleira de Atabasca, Montanhas Rochosas, Canadá.



Drumlin
Colina de detritos glaciais de forma oval, perfil assimétrico e dimensões variadas, produzida por deformação glacial. Ocorre geralmente em enxames.



Fluvio-glacial
Processo e depósito gerado pela ação de corrente de água de degelo. Montanhas Rochosas, Canadá.




Glacio-lacustre
Processo e depósito típico de lagos adjacentes a geleiras. Montanhas Rochosas, Canadá.




Varve
Par de camadas sedimentares, a inferior clara, mais espessa, normalmente de silte, e a superior delgada, de argila escura, depositado anualmente em lago glacial. Alasca, EUA.



Varvito
Correspondente litificado da varve.


Clasto caído
Clasto liberado do gelo flutuante, afundado sobre estrato sedimentar do fundo de lago ou mar.


Periglacial
Ambiente glacial ou não glacial caracterizada pela presença de solo perenemente congelado.



Solo perenemente congelado
Solo em que a água dos poros está permanentemente congelada, típico de ambiente periglacial.



Glacio-marinho
Parte do ambiente marinho no qual os processos e depósitos sedimentares são influenciados pela presença de margem de geleira de maré, plataforma ou língua de gelo. Baía do Almirantado, ilha Rei Jorge, Antártica Ocidental.



Glacio-estuarino
Estuário influenciado pela presença de geleira que atinge o mar. Ex.: fiorde



Banquisa
Camada de gelo formada pelo congelamento sazonal da água do mar. Mar de Ross, Antártica.



Zona de aterramento
Faixa a partir da qual uma geleira de maré ou geleira que alimenta plataforma de gelo desliga-se do assoalho e torna-se flutuante.



Causas das glaciações
Dentre as várias causas atribuídas às glaciações temos: a)variação na radiação solar; b)variação na composição da atmosfera terrestre; c) alteração na posição paleogeográfica dos continentes e oceanos; d) extra-terrestres.



Glaciação
Período longo de tempo caracterizado por condições climáticas associadas à máxima extensão das geleiras.



Interglacial
Período longo de tempo caracterizado por condições climáticas associadas à extensão glacial mínima.


TURMA 81 = Pedro R. Ávila, Cláudio C. Godoy, Fernando M. de Souza,





Uma geleira ou glaciar é uma grande e espessa massa de gelo formada em camadas sucessivas de neve compactada e recristalizada, de várias épocas, em regiões onde a acumulação de neve é superior ao degelo. É dotada de movimento e se desloca lentamente, em razão da gravidade, relevo abaixo, provocando erosão e sedimentação glacial. As geleiras ou glaciares podem apresentar extensão de vários quilômetros e espessura que pode também alcançar a faixa dos quilômetros. A neve que restou de uma estação glacial dá-se o nome de nevado (usa-se também o termo alemão Firn e o francês nevé). O nevado é uma etapa intermediária da passagem da neve para o gelo. À medida que se acumulam as camadas anuais sucessivas, o nevado profundo é compactado, recongelando-se os grânulos num corpo único. O gelo das geleiras é o maior reservatório de água doce sobre a Terra, e perde em volume total de água apenas para os oceanos. As geleiras cobrem uma vasta área das zonas polares mas ficam restritas às montanhas mais altas nos trópicos. Em outros locais do sistema solar, as grandes calotas polares de Marte rivalizam-se com as da Terra. Dentre as características geológicas criadas pelas geleiras estão as morenas, ou moreias terminais ou frontais, mediais, de fundo e as laterais, que são cristas ou depósitos de fragmentos de rocha transportados pela geleira; os vales em forma de U e circos em suas cabeceiras, e a franja da geleira, que é a área onde a geleira recentemente derreteu.
Tipos de Geleiras

Segundo a forma, há dois tipos principais de geleiras: geleiras de vales ou alpinas, que são assim chamadas por se confinarem aos vales e terem sido estudadas em pormenor, pela primeira vez, nos Alpes, e as geleiras continentais, também chamadas de geleiras de latitude ou inlândsis, que são calotas de gelo que cobrem extensas superfícies e fluem radialmente sob a ação de seu próprio peso, independente da topografia subjacente. A maioria dos conceitos neste artigo aplica-se igualmente para as geleiras de vales e continentais. Uma geleira temperada (ou morna) está em zonas em que a temperatura é próxima do ponto de fusão durante todo o ano, a partir da superfície para o fundo da geleira. O gelo nas geleiras polares (ou frias) está sempre abaixo do ponto de congelamento com maior perda de massa devido à sublimação. As geleiras subpolares (ou transicionais, subárticas) têm uma zona sazonal de fusão próxima à superfície e têm alguma drenagem interna, mas pouca ou nenhuma fusão basal. As classificações térmicas das condições da superfície variam de tal modo que as zonas de geleiras são freqüentemente utilizadas para identificar as condições de fusão. A zona de neve seca é uma região onde não ocorre fusão, mesmo no auge do verão. A zona de percolação é uma área com alguma fusão na superfície da geleira, mas a água percola alguns metros e recongela, formando lentes, camadas e glândulas de gelo. A zona de neve úmida é uma região onde toda a neve depositada desde o final do verão anterior estará a zero °C. A zona de gelo empilhado é uma zona onde a água de derretimento congela em crostas na geleira formando uma massa contínua de gelo. As menores geleiras alpinas formadas nos vales das montanhas são chamadas de geleiras de vale. As geleiras maiores podem cobrir uma montanha inteira, uma cadeia de montanhas ou até mesmo um vulcão; este tipo é conhecido como calota de gelo. Calotas de gelo alimentam geleiras de descarga, línguas de gelo que se estendem pelos vales abaixo, longe das bordas dessas grandes massas gelo. As geleiras de descarga são formadas pelo movimento do gelo da calota polar, ou de uma calota de gelo das montanhas da região, em direção ao mar.


A geleira Spegazzini, na Argentina. Uma geleira de maré desprendendo massas de gelo. As maiores geleiras são os mantos de gelo continental, enormes massas de gelo que são visivelmente afetados pela paisagem e abrangendo toda a superfície abaixo deles, exceto possivelmente às bordas onde são mais finos. Atualmente os mantos de gelo continental só existem na Antártica e na Groenlândia. Essas regiões contêm grandes quantidades de água doce. O volume de gelo é tão grande que se o manto de gelo da Groenlândia derretesse, ele elevaria o nível dos oceanos cerca de seis metros (20 pés) ao redor do mundo. Se o manto de gelo antártico derretesse, o nível dos oceanos subiria cerca de 65 metros ( 210 pés ). As geleiras de planalto lembram o manto de gelo, mas em uma escala menor. Elas cobrem algumas áreas de planaltos e grandes altitudes. Este tipo de geleira aparece em muitos lugares, especialmente na Islândia e em algumas das maiores ilhas do Oceano Ártico, e em todo o norte da Cordilheira do Pacífico desde o sul da Colúmbia Britânica até o oeste do Alasca. As geleiras de maré são geleiras que terminam no mar, geralmente em um fiorde. A frente é na forma de uma falésia de gelo de onde se separam icebergs. A maioria das geleiras de maré desprende essas grandes massas de gelo acima do nível do oceano, o que freqüentemente produz um tremendo impacto na superfície da água ao serem atingidas pelos icebergs. Se a água é profunda, as geleiras podem desprender essas grandes massas de gelo sob a superfície da água, fazendo com o iceberg surja repentinamente na superfície.



Extras:
Classificação


A geleira Grindelwald Superior e o Schreckhorn, na Suíça, mostrando as zonas de acumulação e ablação. As geleiras classificam-se de acordo com seu tamanho e a relação que mantêm com a geografia.
Geleira alpina
Esta classe inclui as geleiras menores, as quais caracterizam-se por estarem confinadas nos
vales das montanhas: razão porque são denominadas geleiras de vale ou alpinas ou de montanha, a taxa de alimentação de neve é elevada e sua velocidade também: 60m/mês.
Calota de gelo
Consiste em enormes coberturas de gelo que podem cobrir uma
cordilheira ou um vulcão; sua massa é menor que a atual nas geleiras continentais. Estas formações cobrem grande parte do arquipélago das ilhas norueguesas de Svalbard, no Oceano Glacial Ártico.
Geleira de descarga
As calotas de gelo alimentam geleiras de descarga, línguas de gelo que se estendem vale abaixo distantes das bordas dessas massas de gelo maiores. No geral, as geleiras de descarga são geleiras de vale, que se formam pelo movimento do gelo de uma calota de gelo desde regiões
montanhosas até o mar.
Manto de gelo
As maiores geleiras são os
mantos de gelo: enormes massas de gelo que não são afetadas pela paisagem e estendem-se pela superfície, exceto nas bordas, onde sua espessura é mais fina. O manto de gelo da Antárctida Ocidental e o da Groenlândia são atualmente os únicos existentes. Estas regiões contêm vastas quantidades de água doce. O volume de gelo é tão grande que se Groenlândia derretesse faria com que o nível do mar subisse uns 21 m a nível mundial, enquanto que se o da Antártida derretesse, os níveis subiriam até 108 m . A fusão combinada resultaria em uma elevação de cerca de 130 m .
Geleira de planalto
As geleiras de planalto são geleiras de menor tamanho. Se parecem com as calotas de gelo, mas neste caso seu tamanho é inferior. Cobrem algumas zonas elevadas e
planaltos. Este tipo de geleiras aparece em muitos lugares, sobre tudo na Islândia e algumas das grandes ilhas do Oceano Ártico (Baffin, Ellesmere, Devon, etc.).
Geleira de piemonte
As
geleiras de piemonte ocupam terras baixas, amplas nas bases de montanhas escarpadas e se formam quando uma ou mais geleiras alpinas surgem das paredes de confinamento dos vales de montanhas e suas línguas de gelo se unem. O tamanho das geleiras de piemonte varia muito: entre as maiores estão a geleira Malaspina, que estende-se ao largo da costa sul do Alasca. Ocupa mais de 5.000 km² da planície costeira plana situada no sopé da elevada Cordilheira São Elias.

terça-feira, 18 de março de 2008

TURMA 81 = Pedro Funari Rigatti, Débora dos Santo, Maha Degobi e Felipe Leite.


A Erosão é a destruição do solo e seu transporte em geral feito pela água da chuva, pelo vento ou, ainda, pela ação do gelo, quando este atua expandindo o material no qual se infiltra a água congelada. A erosão destrói as estruturas (areias, argilas, óxidos e húmus) que compõem o solo. Estas são transportados para as partes mais baixas dos relevos e em geral vão assorear cursos d'água.
A erosão destrói os solos e as águas e é um problema muito sério em todo o mundo. Devem ser adaptadas práticas de
conservação de solo para minimizar o problema. Em solos cobertos por floresta a erosão é muito pequena e quase inexistente, mas é um processo natural sempre presente e importante para a formação dos relevos. O problema ocorre quando o homem destrói as florestas, para uso agrícola e deixa o solo exposto, porque a erosão torna-se severa, e pode levar a desertificação.
A superfície da Terra como a conhecemos é formada tanto por processos geológicos que formam as rochas, como por processos naturais da degradação e erosão. Uma vez que a rocha é quebrada por causa da degradação, os pequenos pedaços podem ser movidos pela água, gelo, vento, ou gravidade. Tudo o que acontece para fazer com que as rochas sejam transportadas chama-se erosão.
A superfície do solo, não castigado, é naturalmente coberta por uma camada de terra rica em nutrientes inorgânicos e materiais orgânicos que permitem o crescimento da vegetação; se essa camada é retirada, esses materiais desaparecem e o solo perde a propriedade de fazer crescer vegetação e pode-se dizer que, no caso, o terreno ficou árido ou que houve uma desertificação.
As águas da chuva quando arrastam o solo, quer ele seja rico em nutrientes e materiais orgânicos, quer ele seja árido, provocam o enchimento dos leitos dos rios e lagos com esses materiais e esse fenômeno de enchimento chama-se
assoreamento.
O arrastamento do solo causa no terreno a erosão.
Na superfície do terreno e no subsolo, as águas correntes são as principais causas da erosão.
Análise do efeito das águas que fazem a erosão superficial de terrenos: A erosão depende fundamentalmente da chuva, da infiltração da água, da topografia (declive mais acentuado ou não), do tipo de solo e da quantidade de vegetação existente. A chuva é,
sem dúvida, a principal causa para que ocorra a erosão e é evidente que quanto maior a sua quantidade e freqüência, mais irá influenciar o fenômeno. Se o terreno tem pouco declive, a água da chuva irá "correr" menos e erodir menos.
Se o terreno tem muita vegetação, o impacto da chuva será atenuado porque este estará mais protegido, bem como, a velocidade da chuva no solo será diminuída devido aos obstáculos (a própria vegetação "em pé e caída") e também a erosão será diminuída devido a que as raízes darão sustentação mecânica ao solo; além disso, as raízes mortas propiciarão existirem canais para dentro do solo onde a água pode penetrar e com isso, sobrará menos água para correr na superfície.
Outro fator importante é que, se as chuvas são freqüentes e o terreno já está saturado de água, a tendência é que o solo nada mais absorva e com isso, toda a água da chuva que cair, correrá pela superfície.
Se o solo é arenoso o arrastamento será maior do que se ele fosse argiloso.

Fatores que contribuem
Muitas ações devidas ao homem apressam o processo de erosão, como por exemplo:
o
desmatamento (desflorestação) desprotege o solo da chuva.
a construção de
favelas em encostas que, além de desflorestar, provocam a erosão acelerada devido ao declive do terreno.
as técnicas agrícolas inadequadas, quando se promovem desflorestações extensivas para dar lugar a áreas plantadas.
a ocupação do solo, impedindo grandes áreas de terrenos de cumprirem o seu papel de absorvedor de águas e aumentando, com isso, a potencialidade do transporte de materiais, devido ao escoamento superficial.

Tipos de erosão

Erosão por gravidade

Erosão por gravidathumbimage height=172 alt="Erosão por gravidade: Deslize numa montanha, a água debilitou o solo." src="http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/a/ad/Glissement-terrain-Langevin.JPG/250px-Glissement-terrain-Langevin.JPG" width=250 border=0>
Erosão por gravidade: Deslize numa montanha, a água debilitou o solo.
Consiste no movimento de rochas e sedimentos montanha abaixo principalmente devido à força da
gravidade.

Erosão pluvial
Também chamado de
deslizamento de terra: a água da chuva que provoca um desprendimento da camada superior, e esta camada desliza de encostas.
Também ocorre
nas margens de rios.

Erosão eólica

Erosão eólica, rochas metamórficas nos arredores de Puno
Ver artigo principal: Erosão eólica
Ocorre quando o vento transporta partículas diminutas que se chocam contra rochas e se dividem em mais partículas que se chocam contra outras rochas. Podem ser vistas nos desertos na forma de dunas e de montanhas retangulares ou também em zonas relativamente secas.

Erosão marinha

O quebrar das ondas causa erosão com o tempo.
A erosão marinha actua sobre o
litoral modelando-o e deve-se fundamentalmente à acção de três factores: ondas, correntes e marés.
Tanto ocorre nas costas rochosas bem como nas
praias arenosas. Nas primeiras a acção erosiva do mar forma as falésias, nas segundas ocorre o recuo da praia, onde o sedimento removido pelas ondas é transportado lateralmente pelas correntes de deriva litoral.
Nas praias arenosas a erosão constitui um grave problema para as populações costeiras. Os danos causados podem ir desde a destruição das habitações e infra-estruturas humanas, até a graves problemas ambientais. Para retardar ou solucionar o problema, podem ser tomadas diversas medidas de protecção, sendo as principais as construções pesadas de defesa costeira (
enrocamentos e esporões) e a realimentação de praias.
Em
Portugal, na região de Aveiro, vive-se actualmente uma situação preocupante. A estreita faixa costeira que separa o mar da laguna, está perigosamente perto da ruptura. Se esta se verificar para além de várias populações serem afectadas, irá ocorrer uma drástica mudança na salinidade da laguna, afectando todo o ecossistema. No Brasil, no Arpoador este fenômeno tem sido responsável pela variação cíclica da largura da faixa de areia da praia.

Erosão química
Ver artigo principal: Intemperismo
Envolve todos os processos químicos que ocorrem nas rochas. Há intervenção de fatores como calor, frio, água, compostos biológicos e reações químicas da água nas rochas. Este tipo de erosão depende do clima, em climas polares e secos, as rochas se destroem pela troca de temperatura; e em climas tropicais quentes e temperados, a humidade, a água e os dejetos orgânicos reagem com as rochas e as destroem.

Erosão glacial
As
geleiras (glaciares) deslocam-se lentamente, no sentido descendente, provocando erosão e sedimentação glacial. Ao longo dos anos, o gelo pode desaparecer das geleiras, deixando um vale em forma de U ou um fiorde, se junto ao mar. Pode também ocorrer devido à susceptibilidade das glaciações em locais com predominância de rochas porosas. No verão, a água acumula-se nas cavidades dessas rochas. No inverno, essa água congela e sofre dilatação, pressionando as paredes dos poros. Terminado o inverno, o gelo funde, e congelará novamente no próximo inverno. Esse processo ocorrendo sucessivamente, desagregará a rocha, após um certo tempo, causando o desmoronamento de parte da rocha, e conseqüentemente, levando à formação dos grandes paredões ou fiordes.

Conseqüências da erosão

Efeitos poluidores da ação de arraste
Os arrastamentos podem encobrir porções de terrenos férteis e sepultá-los com materiais áridos.
Morte da fauna e flora do fundo dos rios e lagos por soterramento.
Turbidez nas águas, dificultando a ação da luz solar na realização da fotossíntese, importante para a purificação e oxigenação das águas.
Arraste de biocidas e adubos até os corpos d'água e causarem, com isso, desequilíbrio na fauna e flora nesses corpos d'água (causando
eutroficação por exemplo).

Outros danos
Assoreamento: que preenche o volume original dos rios e lagos e como conseqüência, vindas as grandes chuvas, esses corpos d’água extravasam, causando as enchentes
Instabilidade causada nas partes mais elevadas podem levar a deslocamentos repentinos de grandes massas de terra e rochas que desabam talude abaixo, causando, no geral, grandes tragédias (ver
deslizamento de terra).

TURMA 82 = Vinícius Iruzun, Antônio Brossard, Mariane, Hellmuth Shneider e Malu


O quê são banquisas?


Banquisa ou banco de gelo é água do mar gelada, que começa a formar-se aos – 2º C, originando uma camada delgada que se quebra facilmente. Os pedaços maiores engrossam e aglomeram-se, recolhendo na periferia os pedaços mais pequenos: é um gelo em placas. Estes blocos ampliam-se na base e acabam por soldar-se, constituindo então o “gelo novo”. Transportada pelas correntes, a banquisa fractura-se e torna a soldar-se, formando, na linha de contato entre os blocos, «arestas de pressão», cristais de gelo com o seu equivalente em profundidade. O gelo estacional forma-se na periferia das zonas polares. Noutros locais, origina a banquisa permanente (ou plurianual), que pode atingir 30 m de espessura, com arestas até 70 m de profundidade. A banquisa pode derreter um pouco à superfície, mas regenera-se em profundidade.O gelo do mar incorpora muito pouco sal (nunca mais de 5 g/li).
Não deve confundir-se a banquisa com os icebergs, que são água doce gelada, trazida até ao mar pelos glaciares.

domingo, 16 de março de 2008

TURMA 81 = Fernanda, Iziéli, Manuela, Marcela e Raiene


Grupo 2 – Glaciação: causas e efeitos.

Glaciação, processo de extensão e intensificação da ação exercida pelas geleiras sobre a superfície da Terra. Estes episódios deixaram marcas na superfície do planeta, pela erosão e depósito de material, alteraram o nível do mar e provocaram a redução das áreas onde os seres vivos podiam habitar, multiplicando várias vezes a área coberta de gelo em quase todo o planeta.

Os processos de glaciação ocorreram em diferentes épocas na história geológica da Terra, e sua evidência no passado foi observada primeiramente nos Alpes, por J. Venetz em 1821. Mais tarde, Louis Agassiz comprovou a existência de antigas geleiras, muito mais extensas que as atuais, e propôs a teoria das glaciações.

Períodos glaciares foram identificados na era paleozóica (entre os períodos ordoviciano e siluriano e durante o final do carbonífero e começo do permiano) e na atual era cenozóica, quando ocuparam o final da época pleistocena (ver Tempo geológico).

Esta última glaciação é a melhor estudada, e a mais importante para nós por ter sido contemporânea das últimas etapas da evolução da nossa espécie. Seu início data de 70 mil anos atrás, e atingiu seu ponto culminante há 20 mil anos, quando o Homo sapiens já habitava a maior parte do planeta.

A partir de então as enormes geleiras começaram a retroceder, sendo o degelo considerado a causa das enormes inundações que deram origem aos mitos sobre o Dilúvio.

Em torno de 10 mil anos atrás, as áreas cobertas de gelo tinham se reduzido à mesma superfície que alcançam na atualidade, e nosso planeta alcançou o que os climatologistas consideram o optimum climático.

A redução do nível do mar, por causa do volume de água retido nas geleiras, permitiu por exemplo a migração da espécie humana da Ásia à América, ao deixar quase seco o leito do estreito de Bering; e as condições climáticas estabilizadas ao fim da glaciação fizeram possível o desenvolvimento da agricultura, liberando o homem da necessidade de caçar constantemente.

A causa das glaciações ainda é desconhecida, existindo várias teorias a respeito. Com certeza não existe uma causa única, sendo o mais provável a incidência conjunta de vários fatores, tais como os movimentos orogênicos que provocaram o surgimento das montanhas modernas, flutuações na quantidade de radiação solar recebida pela Terra, mudanças na composição da atmosfera (que reduziriam ainda mais o calor solar) e variações na circulação das águas oceânicas.

A ciência que estuda as geleiras e as glaciações é chamada glaciologia.

TURMA 82 = Denis, José Gabriel, Fernando, Paulo César




Aquecimento global

Comparação de 10 curvas procurando estimar a variação de temperatura na Terra nos últimos 2000 anos. O IPCC faz notar que os valores anteriores a 1860 são muito incertos porque os dados referentes ao Hemisfério Sul são insuficientes. A curva a vermelho, a mais recente, indica uma temperatura actual semelhante à que ocorreu na Europa no período quente da Idade Média.
A locução aquecimento global refere-se ao aumento da
temperatura média dos oceanos e do ar perto da superfície da Terra que se tem verificado nas décadas mais recentes e à possibilidade da sua continuação durante o corrente século. Se este aumento se deve a causas naturais ou antropogênicas (provocadas pelo homem) ainda é objeto de muitos debates entre os cientistas, embora muitos meteorologistas e climatólogos tenham recentemente afirmado publicamente que consideram provado que a ação humana realmente está influenciando na ocorrência do fenômeno. O Intergovernmental Panel on Climate Change - IPCC - (Painel Intergovernamental para as Mudanças Climáticas, estabelecido pelas Nações Unidas e pela Organização Meteorológica Mundial em 1988) no seu relatório mais recente[1] diz que grande parte do aquecimento observado durante os últimos 50 anos se deve muito provavelmente a um aumento do efeito estufa, causado pelo aumento nas concentrações de gases estufa de origem antropogênica (incluindo, para além do aumento de gases estufa, outras alterações como, por exemplo, as devidas a um maior uso de águas subterrâneas e de solo para a agricultura industrial e a um maior consumo energético e poluição).
Fenômenos naturais tais como variação solar combinados com
vulcões provavelmente levaram a um leve efeito de aquecimento de épocas pré-industriais até 1950, mas um efeito de resfriamento a partir dessa data. Essas conclusões básicas foram endorsadas por pelo menos 30 sociedades e comunidades científicas, incluindo todas as academias científicas nacionais dos principais países industrializados. A Associação Americana de Geologistas de Petróleo, e alguns poucos cientistas individuais não concordam em partes.
Modelos climáticos referenciados pelo IPCC projetam que as temperaturas globais de superfície provavelmente aumentarão no intervalo entre 1,1 e 6,4 °C entre 1990 e 2100.
[7] A variação dos valores reflete no uso de diferentes cenários de futura emissão de gases estufa e resultados de modelos com diferenças na sensibilidade climática. Apesar de que a maioria dos estudos tem seu foco no período de até o ano 2100, espera-se que o aquecimento e o aumento no nível do mar continuem por mais de um milênio, mesmo que os níveis de gases estufa se estabilizem.[8] Isso reflete na grande capacidade calorífica dos oceanos.
Um aumento nas temperaturas globais pode, em contrapartida, causar outras alterações, incluindo aumento no nível do mar e em padrões de
precipitação resultando em enchentes e secas[9]. Podem também haver alterações nas freqüências e intensidades de eventos de temperaturas extremas, apesar de ser difícil de relacionar eventos específicos ao aquecimento global. Outros eventos podem incluir alterações na disponibilidade agrícola, recuo glacial, vazão reduzida em rios durante o verão, extinção de espécies e aumento em vetores de doenças.
Incertezas científicas restantes incluem o exato grau da alteração climática prevista para o futuro, e como essas alterações irão variar de região em região ao redor do globo. Existe um debate político e público para se decidir que ação se deve tomar para reduzir ou reverter aquecimento futuro ou para adaptar às suas conseqüências esperadas.
A maioria dos governos nacionais assinou e ratificou o Protocolo de Quioto, que visa o combate à emissão de gases estufa.